Naturalmente esqueceram-se de mim na terra. Eu sou o pior de todos, o mais temível criminoso, o mais apurado sanguinário, cruel assassino, o mais injusto e indelicado, o maior ladrão, enganador dos deserdados, uma besta que tudo despreza, não tenho compaixão, não sinto empatia, sou o monstro mais horrível dos nossos dias, a verdade seja dita, o mais violento, campeão dos malandros, e é, portanto, compreensível a falta da humanidade, as falhas de memória, e é legitimo desembarcar já esta noite no último crime. Ó meu amor, tudo isto é verdade, e a tranquilidade, aportou na minha doce cama cansada de me ver cansado, por tudo arrumado, com vontade de dormir. Sou um bom convencido! Se assim fosse, meu amor, lembrar-se-iam de mim.
"Passadeira Indiana"