Textos de Alberto Moreira Ferreira
De dia vejo rostos de pássaros
com chifres de sapato e olhos pretos
à noite todos os rostos se assemelham
a distâncias de rios de prata e peixes
pingados em sofrimento

De dia queima-me o estio e à noite
nem os meus lábios nos teus, nem
o corpo atado devolve a esmeralda
e suspiro, suspiro e confundo-me

Depois descubro que a gaipa não é minha
e que desramaste o mar porque eu
                    
"Chapa de Ferro Estanhado"