Textos de Alberto Moreira Ferreira
Esta acusada de frialdade emite  E
A volatilidade do mar empurrou-a
Para o papel de ar firme, é dínamo
Superfície de dias instáveis, escora
Redonda, equilíbrio, distância, luz
E desfaz-se ao rasgar as ondas das
Nuvens a cada indiferença, no vento
Da sua ausência, lembra brincos-de-
Princesa uma açucena dois jacintos as
Madrugadas dos jardins, e transborda
De restos, derrete com o calor o sabor
Da organoléptica, angiospérmica, asa
D'vinho
Erodível desgasta com a despedida d'
Chávenas de leste de águas amargas
Até morrer a arder aos vossos olhos
Mais longe do que possam imaginar
Desistindo da via aérea sem terreno
Antes de chegar o natal. Dela o esplendor
Enormidade propulsora, a rocha é esteio
Esta sob estes pés selvagem urbana
E livre crê merecer a vida e aceita o
Fim
A rocha-mãe será um dia grão solto na terra
Limalha composta a adestrar ramalhares, po
-eira na grande ampulheta para medição do 
tempo
tempo
tempo